Investir é sempre arriscado. Investir em época de uma pandemia sem precedentes mais ainda. Mas foi na linha contrária ao senso comum que os sócios Márcio Bastos e Ângela Sartor decidiram incrementar a empresa que administram, a Academia Estação Saúde, no bairro São Pelegrino. Desde 20 de agosto, clientes que frequentam o local se deparam com uma surpresa logo na entrada: acesso via sistema de reconhecimento facial.
— Tínhamos a intenção de colocar esse sistema antes da pandemia e, quando começamos a considerar a ideia, descambou todo o negócio de pandemia e surgiram todas as restrições. Acabou que a tecnologia veio muito a calhar neste momento — avalia Márcio.
Para ser liberado o acesso ao espaço dos equipamentos, até então, os clientes precisavam passar por processo de verificação biométrica. Além de muitas vezes ser falho na identificação digital dos frequentadores, com a pandemia, o procedimento tornou-se mais inconveniente.
— A gente percebe satisfação grande dos clientes. O acesso por leitor biométrico gerava muito desconforto, principalmente agora em que se deve evitar contatos e toda a questão do uso de álcool gel poderia dificultar ainda mais a verificação. Agora o cliente sequer precisa ter esse contato físico — destaca o empresário.
A funcionalidade é bastante prática: a pessoa chega, se posiciona em frente a uma câmera HD que está em cima de um monitor. O equipamento reconhece a face do cliente e libera o acesso automático. É questão de segundos.
A tecnologia é um upgrade do software de gestão utilizado pela academia e desenvolvido pela empresa paulista W12 _ Inovações tecnológicas. O programa é voltado especificamente para o segmento e utilizado por cerca 15 mil clientes no mundo, parte deles em Caxias do Sul, onde a Estação de Saúde se diz a única a utilizar o sistema de reconhecimento facial.
Entre taxas de licença, câmeras HD e um novo computador para suportar o sistema, foram investidos cerca de R$ 6 mil.
— Não é um valor tão significativo para o universo da academia, onde trabalhamos com equipamentos de R$ 70 mil. O mais importante é que os clientes se sentem valorizados vendo a academia investindo no cliente num período como esse — revela Márcio.
Localizada na Rua Feijó Jr., a academia Estação Saúde existe há 23 anos em Caxias.
Tempos de pandemia
O sistema de reconhecimento facial não é a única tecnologia usada pela Estação Saúde que se tornou apropriada para confortar clientes em tempos de pandemia. A academia também dispõe de aplicativo de agendamento de treinos, pelo qual os usuários podem verificar a quantidade de pessoas que estarão no local no horário que for escolher. Assim, se achar necessário, o aluno poderá frequentar o espaço em um momento de menos circulação.
O mesmo aplicativo também possibilita que os clientes assistam a vídeos orientativos sobre usos de equipamentos e exercícios, uma vez que foi reduzido o número de professores em razão da limitação de pessoas academia para promover o distanciamento exigido pelo combate à pandemia.
Em segundos
Como funciona
:: O procedimento é simples, rápido e evita o toque da biometria, adequado aos protocolos de controle da pandemia.
:: É só a pessoa se posicionar em frente a uma câmera HD, posicionada em cima de um monitor.
:: O equipamento reconhece a face do cliente e libera o acesso em segundos.
A tecnologia
:: Desenvolvida pela empresa paulista W12 _ Inovações tecnológicas.
:: Upgrade do software de gestão utilizado pela Estação Saúde.