Todo bar e restaurante que se preze cuida com carinho da sua trilha sonora. A música é um dos quesitos que mais contam para garantir um clima agradável ao ambiente.
O primeiro ponto a ser observado sempre é o volume. Alto demais atrapalha a conversa e pode gerar um desconforto. Baixo demais pode passar despercebido e acabar realçando o barulho de talheres e conversas exageradas. Fato é que acertar o volume ideal não é tarefa fácil.
A música que um restaurante toca diz muito sobre o que ele quer passar. Já vi restaurante com conceito bem harmônico no menu e na decoração jogar tudo por água abaixo com o setlist errado. Não estou aqui dizendo que todo restaurante italiano deva tocar tarantela. Cada lugar precisa encontrar o que mais combina com seu estilo e renovar sua música de tempos em tempos.
Quando alguém lhe convida pra ir a um lugar mais agitado, certamente pensa em um local onde a música é destaque. E os bares têm muito mais liberdade para ousar nesse sentido. Muitos deles investem em DJs para garantir o bem-estar musical, o que ajuda a música eletrônica a tomar conta de boa parte do mercado.
Eu não sou o maior fã de música ao vivo, acredito que, na maior parte das vezes, as bandas mais atrapalham do que agregam. Mas toda essa minha teoria se desfaz quando o som em questão é um bom samba. Para mim, os bares com samba são os que têm mais alma, os que melhor retratam a identidade do nosso país. E convenhamos que um bom chorinho harmoniza perfeitamente com chopes e mais chopes.
Por mais que a gente não perceba, a audição é um sentido que tem papel tão importante como o paladar e o visual na satisfação de uma experiência gastronômica. A boa música acentua o tempero da comida.