O presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu nesta quinta-feira, 8, as acusações de uso político das comemorações do Bicentenário da Independência no 7 de setembro. O chefe do Executivo disse que a iniciativa foi da população, apesar de ter convocado seus apoiadores, e questionou a ausência de outros candidatos ao Palácio do Planalto nas manifestações. Partidos de oposição viram abuso de poder político e econômico do candidato à reeleição nos atos desta quarta-feira.
"Tão me acusando do que? Eu estive no 7 de setembro aqui em Brasília, acabou o desfile cívico-militar, tirei a faixa e fui para dentro do povo. Se qualquer outro candidato quisesse comparecer ali, não teria problema nenhum. Não era um ato meu, era um ato da população, a qual nós devemos lealdade", declarou Bolsonaro, em sabatina do jornal Correio Braziliense. "Poderia qualquer outro ter comparecido, por que não foram? Ignoraram a força do povo", emendou.
O PDT acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta, 8, e pediu uma investigação sobre suposto abuso de poder político e econômico do presidente no 7 de setembro. Bolsonaro assistiu ao desfile cívico-militar na Esplanada, perto do prédio do Ministério da Defesa, e depois subiu em um trio elétrico, a poucos metros dali, onde discursou e pediu voto aos apoiadores. O PDT argumenta que o Bicentenário da Independência, por ser um ato público destinado a "louvar um fato histórico", não poderia ser usado como palanque eleitoral.