Quando o médico anestesista Leonel do Nascimento, 49 anos, ainda estava na barriga da mãe, Vilma Terezinha do Nascimento, seu pai, Leonel Irio Silva do Nascimento, comprou seu primeiro carro. Era de brinquedo, mas ali estava selada a paixão. Hoje, ele coleciona automóveis antigos e divide o hobby com os filhos, os gêmeos Arthur e Lucca Parissenti do Nascimento, de 20 anos.
– Desde pequeno a gente gostava de carro. Crescemos vendo isso e acompanhando o pai aos encontros e exposições de automóveis. Tanto que já penso em ter a minha própria coleção – diz Arthur.
– Estamos o tempo inteiro dentro de um, pensando em peças e em outros carros – revela Lucca.
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O clã é todo orgulhoso com a coleção mantida com zelo e esmero. Entre as preciosidades estão um Opala 1978, um Fiat 147 ano 1977, um Fusca 1966, uma Mercedes 1998 e um Ford 1951.
– Comprar um carro todo mundo compra. O melhor é poder juntar a família nesse passatempo – diz Leonel, entre sorrisos.
Essa união familiar, que inclui o primogênito, Leonel Parissenti do Nascimento, 22, e a mãe dos três rapazes, Ana Paula Parissenti do Nascimento, volta ao tempo em que o avô de Leonel, Frederico Nascimento (in memoriam) era mecânico de corridas de carretera.
– Desde criança a minha vida é em meio aos carros. O prazer é saber a história de cada um. E isso chama a atenção das pessoas, que gostam de ouvir – diz o médico.
Além desse gosto, os gêmeos herdaram a paixão pela medicina, que atualmente estão cursando na UCS.
– A escolha da nossa profissão também foi influência. Vendo o pai dedicar-se tanto às pessoas nos fez apaixonados pela medicina. Ele é um exemplo – entrega Arthur.
Os quatro estão em sintonia em provas, mostras, campeonatos e rallies.
– É muito bacana levar os carros nos encontros temáticos e observar o quanto o público gosta e valoriza o nosso trabalho – diz Lucca acrescentando que, na hora do lazer, ele e os irmãos passam horas entre games de corrida e sites de procura de automóveis antigos.
Pai e filhos também estão sempre próximos da esposa e mãe, Ana Paula, que tem a sua cota na coleção.
– Ela gosta do Fusquinha e da Ford F1, que será dela – fala Arthur.
Leonel também aprecia colecionar outras antiguidades. Estão em sua lista de objetos de afetos máquinas de escrever e fotográfica, gravador, câmera e projetor de Super 8. Todos de outros tempos.
E, quanto aos automóveis, Leonel garante que eles estão longe de ficar intocados.
– Não adianta ter carro na garagem, o bom é circular com eles para atrair gente para conversar. Quando mais eu ando, mais eu gosto – diz o colecionador, que já se aventurou com o Opala numa viagem a Criciúma e voltou de lá com o troféu de Carro Destaque da Década durante o 7º Encontro Sul Brasileiro de Carros Antigos de 2018.
– Uma das formas mais agradáveis de ter assunto é preservar a história dos carros e aumentar a quantidade de amigos. Gosto muito de ter pessoas à volta – pondera Leonel, entregando qual é o lema dele e dos três filhos, Leonel, Arthur e Lucca: – O cheiro de gasolina e a ferrugem na veia não têm preço.
Objetos de desejo:
:: Mustang Fastback 1969
:: Maverick GT 1974
:: Opala Diplomata
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