Sacro é o nome da exposição com obras do acervo da coleção particular de José Antonio e Hieldis Martins, uma das mais representativas no país, com enfoque na arte brasileira. Sacro, no dicionário, se refere ao divino, à religião, ao rituais e ao culto. Como se vê, vai além do sagrado como sinônimo do que é relativo ao cristianismo.Pois é dentro dessa pluralidade, entre variações de Cristo, Iemanjá e buda, de objetos religiosos a esculturas e livros de oração, que se revela o recorte da mostra Sacro, que abre nesta quinta-feira (4), à noite, na Galeria de Arte Gerd Bornheim, em Caxias do Sul.
Outra revelação implícita — que transcende a espiritualidade — está no caráter educativo e de acesso à cultura, sobretudo aos estudantes da rede pública.
— Nosso interesse maior é tornar o acervo acessível às crianças. Porque, para os adultos a minha casa está sempre aberta. Se as pessoas quiserem ver é só me pedir. Agora, as crianças, principalmente da rede pública, se não fossem trazidas para cá, tendo a orientação das professoras, elas não teriam acesso a um acervo como esse — justifica a colecionadora Hieldis Martins, responsável pela curadoria, ao lado de Ademar Roberto Sebben.