A Bolsa de Valores de Nova York fechou no azul nesta terça-feira (4), tranquilizada pelo adiamento concedido por Washington às tarifas contra México e Canadá, e aliviada pela resposta de Pequim às taxas americanas, considerada moderada.
Nesse sentido, o índice Dow Jones subiu 0,30%, o tecnológico Nasdaq, 1,35%, e o ampliado S&P 500, 0,72%.
"O mercado está aliviado", declarou à AFP Steve Sosnick, da Interactive Brokers.
O mercado americano saúda sobretudo a suspensão temporária das tarifas aduaneiras (25%) contra Canadá e México, decidida na noite de ontem pelo presidente Donald Trump em uma reviravolta de último minuto, após ter recebido o compromisso de ambos os países de um reforço na segurança fronteiriça.
Por outro lado, os Estados Unidos aumentaram nesta terça suas tarifas aduaneiras em 10% sobre todos os produtos importados da China.
Pouco depois, Pequim anunciou taxas de 10% sobre o petróleo americano e outros bens procedentes dos Estados Unidos, como determinados veículos, a partir de 10 de fevereiro.
Pequim "retaliou", mas os investidores consideram que é uma resposta "bastante moderada", segundo Sosnick.
Após os números ruins de segunda-feira por temor às tensões comerciais, "o mercado voltou mais ou menos [...] para onde estava no fim de semana", acrescentou o analista, que, contudo, reconheceu que a "incerteza residual" continua tendo peso sobre Wall Street.
No mercado de renda fixa, o rendimento da dívida pública americana com vencimento em dez anos caiu para 4,52%, contra 4,56% na véspera.
Por sua vez, o mercado de ações "digeriu todos" os novos resultados empresariais, observou Patrick O'Hare, da Briefing.com, em nota.
O grupo americano de cosméticos Estée Lauder caiu 16,07% após anunciar um corte de entre 5.800 e 7.000 empregos líquidos até o final de 2026 como parte de um plano para mudar sua sorte, depois de mais um trimestre de queda nas vendas mundiais.
"Os lucros de algumas megacapitalizações [impulsionaram] o comportamento dos índices", acrescentou O'Hare. A Apple, por exemplo, subiu 2,10% e a Nvidia, 1,71%.
* AFP