Os Estados Unidos continuarão apoiando a missão internacional para pacificar o Haiti, disse nesta quinta-feira (6) o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, após a ONU alertar sobre o congelamento de fundos para essa iniciativa.
"Infelizmente, hoje em dia, grande parte desse território está controlado por gangues, bem armadas, perigosas, e é com isso que temos que lidar", afirmou Rubio em sua visita à República Dominicana, vizinha do Haiti, durante uma declaração conjunta com o presidente dominicano, Luis Abinader.
"O primeiro objetivo é pacificar" e "neste momento, a única opção é a missão que existe, e continuaremos a apoiá-la, mas é preciso entender que essa missão precisa ser expandida", ressaltou.
Rubio também mencionou que conversou com William Ruto, presidente do Quênia, país que lidera as forças multinacionais destacadas no Haiti.
Abinader, por sua vez, afirmou que "a liderança dos Estados Unidos é imprescindível e insubstituível" no caso do país vizinho.
O Haiti, sem presidente e sem Parlamento em meio a uma grave crise, é governado por uma junta de transição que luta para conter a violência extrema das gangues que controlam amplas regiões do país. Mais de 5.600 pessoas morreram no ano passado, mil a mais do que em 2023, e mais de um milhão foram deslocadas, segundo a ONU.
A missão internacional no país mais pobre das Américas destacou pouco menos de 800 dos 2.500 agentes de segurança esperados.
Um porta-voz do Departamento de Estado americano disse na quarta-feira que Rubio autorizou uma assistência de 40,7 milhões de dólares (R$ 235,4 milhões) para a Polícia Nacional do Haiti e a missão multinacional.
* AFP