O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) pediu, nesta quinta-feira (6), à comunidade internacional e a "todos os doadores" que ajudem a alimentar milhões de palestinos da Faixa de Gaza e a reconstruir as áreas devastadas pela guerra entre Hamas e Israel.
"Fazemos um apelo, em um momento crucial, à comunidade internacional e a todos os doadores para que continuem apoiando o PMA para salvar vidas", disse o diretor-executivo adjunto, Carl Skau, após uma visita ao território palestino.
A agência da ONU afirmou que forneceu mais de 15.000 toneladas de alimentos desde o início do frágil acordo de cessar-fogo em 19 de janeiro, apoiando 525.000 pessoas, mas enfatizou que é necessário fazer mais.
"A magnitude das necessidades é gigantesca e precisamos continuar avançando. O cessar-fogo deve ser mantido", disse Carl Skau em um comunicado.
"Precisamos trabalhar juntos em setores de importância crítica além da alimentação: água, saneamento, abrigo e até o retorno das crianças à escola", acrescentou, destacando que tudo isso "requer financiamento".
Ajudar os habitantes de Gaza a se tornarem autossuficientes pode permitir a restauração dos mercados comerciais e dos sistemas alimentares locais, como a agricultura e a pesca, observou a agência.
A visita do dirigente do PMA a Gaza ocorreu no momento em que Israel e Hamas recomeçaram as negociações sobre a segunda fase do acordo de cessar-fogo, após 15 meses de uma devastadora resposta militar israelense ao ataque mortal do movimento islamista em 7 de outubro de 2023.
* AFP