Os preços do petróleo oscilaram nesta quinta-feira (6), impulsionados no início da sessão pelo aumento do preço dos barris sauditas exportados para a Ásia, mas finalmente lastreados pela inquietação sobre a oferta mundial.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril recuou 0,43%, a 74,29 dólares.
Seu equivalente americano, o barril de West Texas Intermediate, para entrega em março, baixou 0,59%, a 70,61 dólares.
Os preços da commodity "oscilaram entre uma tendência positiva e uma tendência negativa", declarou à AFP Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
No início da sessão, os preços do petróleo operaram no azul, impulsionados pela alta do preço dos barris sauditas exportados para a Ásia como consequência das sanções contra a Rússia, introduzidas pelo ex-presidente Joe Biden antes de deixar o cargo.
Por outro lado, o petróleo também recebeu um impulso depois que "a administração de Donald Trump [aplicou] sanções mais estritas contra o Irã", comentou Lipow.
Nesta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram sanções financeiras, as primeiras desde a chegada da nova administração, contra uma "rede internacional" acusada de entregar petróleo iraniano à China para financiar as atividades militares de Teerã.
As sanções apontam para "uma rede internacional, que facilita a entrega de milhões de barris de petróleo iraniano por um valor de centenas de milhões de dólares, para a China", escreveu o Departamento de Comércio em um comunicado.
No final da sessão, no entanto, os preços foram lastreados pelo temor dos operadores de que a oferta mundial fosse alta demais.
"Seguimos observando uma importante entrada de novos produtos no mercado, seja dos Estados Unidos, do Canadá ou da Guiana", declarou Lipow.
A isto deve-se adicionar "um grande volume de reservas" da Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+).
O cartel dispõe atualmente de uma capacidade de produção inexplorada de quase seis milhões de barris diários e decidiu, na segunda-feira, manter seu calendário de aumento da produção.
* AFP