A ONU denunciou, nesta segunda-feira (3), um aumento no número de execuções de soldados ucranianos mantidos prisioneiros pelas forças russas nos últimos meses, ecoando as acusações de Kiev.
Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, há quase três anos, Moscou e Kiev se acusam mutuamente de matar prisioneiros, o que constitui um crime de guerra.
A Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia (HRMMU) alegou ter "registrado 79 dessas execuções em 24 incidentes separados" desde o final de agosto.
Isso se baseia na "análise de material fotográfico e de vídeo publicado por fontes ucranianas e russas" mostrando as execuções.
As figuras públicas russas "defenderam explicitamente o tratamento desumano, incluindo a execução, para os militares ucranianos capturados", disse Danielle Bell, chefe da missão.
"Combinadas com as leis gerais de anistia, tais declarações podem incitar ou encorajar comportamentos ilegais", disse ela, de acordo com um comunicado à imprensa emitido pela HRMMU.
A missão explicou que, no ano passado, também documentou a execução de um soldado russo "ferido e incapacitado" pelas forças armadas ucranianas.
O ombudsman ucraniano de direitos humanos, Dmytro Lubinets, pede regularmente à ONU e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) que investiguem as execuções extrajudiciais de soldados ucranianos em cativeiro.
* AFP