A Organização Mundial da Saúde (OMS) terá que "apertar o cinto" após os Estados Unidos anunciarem sua intenção de se retirar da instituição, afirmou nesta terça-feira (11) seu diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
"Lamentamos o anúncio dos Estados Unidos sobre sua intenção de se retirar (...). Esperamos que reconsiderem sua decisão e receberemos favoravelmente a oportunidade de iniciar um diálogo construtivo", declarou o diretor-geral ao término de uma reunião de oito dias do Conselho Executivo da OMS em Genebra.
"Estamos atuando com um duplo objetivo estratégico: mobilizar recursos e apertar o cinto", disse Ghebreyesus.
O presidente americano assinou recentemente um decreto com o objetivo de retirar seu país da OMS.
Os Estados Unidos iniciaram o processo para sair da OMS no primeiro mandato de Donald Trump, mas seu sucessor, Joe Biden, interrompeu essa iniciativa.
"Teremos que enfrentar novas realidades com o anúncio da retirada dos Estados Unidos da OMS", afirmou o ministro da Saúde de Barbados, Jerome Walcott, presidente do Conselho Executivo da organização.
A decisão dos EUA evidencia a necessidade de garantir um financiamento mais seguro e confiável para a OMS, que nos últimos anos tem solicitado contribuições voluntárias.
* AFP