O Conselho de Direitos Humanos da ONU decidiu, nesta sexta-feira (7), iniciar uma investigação sobre possíveis atrocidades na República Democrática do Congo (RDC), onde uma ofensiva dos combatentes do M23 e das tropas ruandesas avança no leste do país.
O projeto de resolução apresentado pela RDC foi adotado no final de uma sessão extraordinária, informou o presidente do Conselho composto por 47 países.
O grupo M23, apoiado pelo exército de Ruanda, continuou seu avanço no leste do país na quinta-feira, apesar dos apelos por paz da ONU.
Os combatentes do M23 quebraram um cessar-fogo declarado unilateralmente e lançaram uma nova ofensiva esta semana.
Esta nova operação na província vizinha de Kivu do Sul permitiu-lhes tomar a localidade mineradora de Nyabibwe, a cerca de 100 quilômetros da capital regional, Bukavu.
O conflito no leste da RDC já dura três anos. Esta área é rica em recursos naturais como ouro, tântalo e estanho, que são usados para baterias e dispositivos eletrônicos.
A República Democrática do Congo acusa Ruanda de querer saquear esses recursos, algo que seu governo nega.
Ruanda diz que quer erradicar grupos armados da região para garantir sua própria segurança, particularmente aqueles criados por ex-oficiais hutus responsáveis pelo genocídio dos tutsis em 1994.
* AFP