O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu à Venezuela, nesta quinta-feira (16), que liberte todos os detidos, incluindo 12 colombianos, no âmbito da questionada reeleição de Nicolás Maduro.
"É importante para a paz nas Américas que a Venezuela liberte todas as pessoas detidas no contexto das eleições e do pós-eleições, incluindo os 12 colombianos detidos em seu território", pediu o presidente esquerdista na rede social X.
Embora o governo colombiano seja um dos maiores aliados da Venezuela, passou a endurecer o seu discurso contra o classifica como "assédio sistemático" a opositores.
A declaração foi feita após a libertação, nesta quinta-feira, de Carlos Correa, diretor da ONG Espacio Público, que promove a liberdade de expressão. Na semana passada, Petro havia criticado a detenção do ativista.
"Que as Américas sejam uma terra de liberdade sem presos políticos", disse ele nesta quinta-feira.
Correa fez parte de uma série de prisões que ocorreram em 7 de janeiro, três dias antes da posse de Maduro para um terceiro mandato consecutivo de seis anos (2025-2031), em meio a denúncias de fraude por parte da oposição. Entre 1º e 12 de janeiro, 83 pessoas foram detidas por "razões políticas", de acordo com a ONG Foro Penal.
Cerca de 2.400 pessoas foram presas em manifestações que eclodiram após as denúncias de fraude por parte da oposição na eleição presidencial de 28 de julho, que deixou 28 mortos e quase 200 feridos.
Três dos detidos morreram na prisão em meio a alegações de abuso e falta de assistência médica, e cerca de 1.300 foram libertados quatro meses depois.
* AFP