O Banco Central Europeu (BCE) reduziu, nesta quinta-feira(30), sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual para apoiar a atividade em um contexto de fraco crescimento na zona do euro.
O quinto corte na taxa desde junho levou para 2,75% sua taxa de depósito, referência para empréstimos na economia real, em linha com as expectativas da maioria dos economistas.
Essa medida significa que os aumentos dos juros em 2023, para compensar a alta inflação pelos preços da energia e recuperação pó-pandemia, foram superados.
"O processo de desinflação está no caminho certo" na zona do euro, disse o BCE, que espera o retorno à meta de 2% até o final deste ano.
O aumento dos preços na zona do euro no último trimestre de 2024, de até 2,4% em dezembro, fica assim relativizado.
Dados divulgados pela Eurostat nesta quinta-feira mostram que o crescimento estagnou no final de 2024, principalmente devido ao fraco desempenho da Alemanha e da França, as duas maiores economias do bloco, atingidas pela instabilidade política e desafios estruturais.
"Fatores desfavoráveis continuam pesando sobre a economia, mas o aumento da renda real e a flexibilização progressiva dos efeitos da política monetária restritiva devem sustentar uma recuperação gradual da demanda", disse o comunicado.
O Federal Reserve (banco central dos EUA, Fed) optou na quarta-feira por manter as taxas inalteradas - em uma faixa entre 4,25% e 4,50% - diante da alta inflação e de um mercado de trabalho considerado sólido.
O presidente americano, Donald Trump, "exigiu" que "as taxas de juros fossem reduzidas imediatamente".
* AFP