O presidente egípcio Abdel Fattah Al Sisi recebeu nesta quarta-feira seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan no Cairo, em uma visita que marca a reconciliação dos dois países, após mais de uma década.
Egito e Turquia cortaram relações em 2013 após Sisi, então ministro da Defesa, derrubar o presidente islamista Mohamed Mursi, aliado da Turquia e membro do movimento Irmandade Muçulmana.
Acompanhados por suas esposas, eles trocaram apertos de mãos quando o líder turco desembarcou do avião. Em seguida, celebrariam "uma cúpula bilateral" no Palácio Presidencial do Cairo, segundo a imprensa egípcia.
Erdogan disse na segunda-feira que visitaria os Emirados Emiratos Árabes Unidos e o Egito para "ver o que mais pode ser feito por nossos irmãos em Gaza".
O território palestino, que faz fronteira com o Egito, está em guerra com Israel desde o ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro.
Erdogan disse que seu país faz "o possível para deter o derramamento de sangue".
O presidente turco havia visitado o Egito pela última vez em 2012, então como primeiro-ministro. O islamista Mohamed Mursi, grande aliado de Ancara, liderava o Egito na época, até que seu ministro da Defesa, Abdel Fattah Al Sisi, o derrubou em 2013. Desde então, Erdogan disse que "nunca" falaria com "alguém como" ele.
No entanto, suas relações melhoraram e agora seus interesses convergem em questões como a situação no Sudão e a guerra na Faixa de Gaza.
A guerra em Gaza eclodiu após o ataque perpetrado por militantes do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, que deixou 1.160 mortos, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
Em retaliação, Israel prometeu "destruir" o Hamas e a sua ofensiva militar deixou mais de 28 mil mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o último balanço do Ministério da Saúde de Gaza.
* AFP