A britânica Joan Jara, defensora dos direitos humanos e viúva do cantor e compositor chileno Víctor Jara - que foi assassinado durante a ditadura de Augusto Pinochet -, faleceu no domingo aos 96 anos, anunciou a Fundação Víctor Jara.
"Lamentamos informar que nossa querida e amada Joan Jara, aos 96 anos, faleceu hoje, 12 de novembro, às 17H30", informou a organização nas redes sociais.
Após a morte de Víctor Jara em 1973, a artista partiu para o exílio no Reino Unido ao lado das duas filhas e retornou ao Chile em meados da década de 1980.
Desde a detenção, tortura e assassinato de cantor, compositor e diretor teatral, Joan se tornou uma incansável ativista da justiça e dos direitos humanos.
Joan Jara, naturalizada chilena em 2009, denunciou a ditadura cívico-militar e as violações dos direitos humanos.
Ela nunca deixou de buscar a verdade e a justiça em relação ao marido.
Joan Jara foi reconhecida pela Academia Chilena de Belas Artes por sua contribuição ao longo da carreira no desenvolvimento da dança. Em 2021, ela recebeu o Prêmio Nacional de Artes da Representação e Audiovisuais do Chile.
Em outubro, o ex-militar chileno Pedro Pablo Barrientos, acusado de torturar e assassinar Víctor Jara, foi detido na Flórida, Estados Unidos. A justiça do Chile pediu a extradição.
* AFP