O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, foi intimado a responder a uma investigação sobre a suposta ocultação de um roubo em uma de suas fazendas - anunciou a Defensoria nesta terça-feira (19).
O prazo para que Ramaphosa responder a perguntas sobre as acusações de corrupção expirou ontem.
"Temos a intenção de convocar o presidente para obter a informação de que precisamos", disse à AFP o porta-voz da Defensoria, Oupa Segalwe, sem especificar quando será a intimação.
A instituição abriu uma investigação em junho, depois que Ramaphosa, de 69 anos, foi acusado de comprar o silêncio de ladrões que encontraram grandes somas de dinheiro em uma de suas propriedades.
Em fevereiro de 2020, de acordo com uma denúncia apresentada pelo ex-chefe de Inteligência sul-africano Arthur Fraser, ladrões invadiram uma propriedade presidencial em Phala Phala, no nordeste do país, onde encontraram o equivalente a quase US$ 4 milhões em dinheiro.
A denúncia acusa Ramaphosa de ocultar o roubo da polícia, e o dinheiro, do Fisco, de organizar o sequestro e o interrogatório dos ladrões e, depois, de subornar seu silêncio.
O presidente sul-africano admitiu o roubo, mas nega as acusações de sequestro e de suborno. Afirma, ainda, que denunciou o ocorrido à polícia.
* AFP