O secretário de Estado americano, Antony Blinken, iniciou nesta segunda-feira (13) sua primeira viagem ao Sudeste Asiático com uma etapa em Jacarta, que coincidiu com a visita de um alto funcionário russo.
O presidente indonésio, Joko Widodo, recebeu o secretário de Estado no palácio presidencial e depois se encontrou com Nikolai Patrushev, chefe do Conselho de Segurança da Rússia, disseram as autoridades de Jacarta.
A reunião com Blinken foi "calorosa e aberta", disse a ministra das Relações Exteriores da Indonésia, Retno Marsudi.
Mas a ministra também destacou que o país quer cultivar boas relações com todos os seus parceiros.
"Tanto os Estados Unidos quanto a Rússia são bons parceiros da Indonésia (...) Sempre desenvolveremos confiança estratégica com os dois países", acrescentou.
Por sua vez, Patrushev destacou o compromisso de Moscou em preservar "a arquitetura de segurança moderna da região da Ásia-Pacífico".
Blinken deve fazer um discurso na terça-feira sobre "a abordagem dos Estados Unidos ao Indo-Pacífico", um campo de enfrentamento importante entre Washington e Pequim.
Blinken partiu do Reino Unido, onde participou de uma reunião com seus homólogos do G7. O encontro foi, basicamente, dedicado às tensões com a Rússia.
Com a viagem, o secretário americano quer destacar uma das prioridades da política externa do presidente Joe Biden.
Nesta segunda-feira, Blinken será recebido pelo presidente da Indonésia, Joko Widodo. Amanhã, deve fazer um discurso sobre "a abordagem dos Estados Unidos para a região do Indo-Pacífico".
Semelhante à do republicano de Donald Trump, a estratégia do governo democrata buscar manter esta região "livre e aberta". Segundo Washington, a região se encontra ameaçada pela "intimidação" de Pequim.
A equipe de Biden põe ênfase na força de suas alianças, ainda que com alguns contratempos. Um deles foi a polêmica dos submarinos nucleares prometidos para a Austrália, que deflagrou a indignação da França pela perda de um contrato bilionário.
Na Indonésia e, depois, na Malásia e na Tailândia, o secretário de Estado tentará "reforçar a infraestrutura de segurança regional em resposta ao assédio da República Popular da China no mar da China Meridional", disse à imprensa o subsecretário de Estado para Ásia-Pacífico, Daniel Kritenbrink, antes da viagem.
Para Blinken, a ambição crescente da China na cena mundial é "o maior desafio geopolítico do século XXI" e busca um equilíbrio entre a competição e o confronto.
* AFP