Ao menos 12 pessoas, entre elas cinco crianças e quatro mulheres, morreram nesta quarta-feira (15) em um bombardeio no norte do Iêmen, informaram o governo e fontes médicas à AFP.
O Iêmen é cenário de uma guerra de mais de cinco anos entre as forças do governo, apoiadas por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã e que controlam grande parte do norte, além da capital, Saná.
"Ao menos 12 pessoas, quatro delas mulheres e cinco crianças, morreram" em um bombardeio na cidade de Al Hazm (100 km a nordeste de Saná), na província de Al Jawf, informou uma fonte governamental à AFP.
Segundo esta fonte, o ataque atingiu uma área residencial a três quilômetros de um setor de combates entre rebeldes e forças governamentais.
Fontes médicas também prestaram conta de pelo menos 12 mortos, entre eles mulheres e crianças.
Os huthis acusam a coalizão liderada por Riade, que por enquanto não fez nenhuma declaração a respeito, de estar por trás deste ataque.
O fato ocorre dois dias depois da morte de sete crianças e duas mulheres em outro ataque aéreo na província de Hajjah (noroeste).
Segundo especialistas da ONU, todas as partes do conflito cometeram uma profusão de crimes de guerra.
Nos primeiros seis meses de 2020, foram contabilizadas mil vítimas civis relacionadas com o conflito, segundo a Agência da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
A guerra no Iêmen deixou dezenas de milhares de mortos, a maioria civis e, segundo a ONU, o país atravessa a pior crise humanitária do mundo.
* AFP