A Bulgária proibiu na noite desta quinta-feira os residentes de Sofia de deixar a capital durante o longo fim de semana da Páscoa ortodoxa, após um aumento nos casos da COVID-19 no país, um dos menos afetados na Europa.
"A partir da meia-noite, proibimos a entrada e saída de Sofia de todos os veículos de transporte de passageiros", anunciou o ministro da Saúde, Kiril Ananiev, em entrevista coletiva.
Exceções serão feitas para caminhões que transportam mercadorias e ambulâncias, disse Ananiev.
Os trabalhadores que precisam ir para outras cidades estão liberados, com prova e apenas em determinados horários.
Essa restrição foi decidida depois que muitos moradores de Sofia decidiram na quarta e quinta-feira viajar para o campo neste longo fim de semana ortodoxo da Páscoa.
Até agora, os búlgaros estão autorizados a viajar, com documentos que comprovem a necessidade, para ir ao trabalho, por razões médicas ou para cuidar de uma pessoa doente.
Mas o ministro do Interior, Mladen Marinov, denunciou que muitos búlgaros apresentam documentos falsos para viajar.
"Mais de 5.000 motoristas tiveram que recuar porque não puderam provar a necessidade de deslocamento", criticou Marinov.
No momento, a Bulgária é um dos países menos afetados da Europa.
Foi um dos primeiros países europeus a impor o confinamento em 13 de março e contabilizou 800 casos confirmados de contágio pelo novo coronavírus e 38 mortes.
As autoridades temem um pico na epidemia após a Páscoa no final de abril.
* AFP