Os jogadores do Fenerbahçe abandonaram o campo aos três minutos de jogo da final da Supercopa da Turquia contra o Galatasaray, neste domingo (7), em protesto contra o calendário de competições.
O clube já havia iniciado seu protesto escalando o time sub-19 para a partida. O Galatasaray abriu o placar no primeiro minuto e, pouco depois, os jovens do Fenerbahçe deixaram o gramado, o que fez o árbitro decretar uma interrupção definitiva.
"É hora de colocar as coisas em seu lugar no futebol turco", declarou o presidente do Fenerbahçe, Ali Koç, em entrevista coletiva antes do jogo em Sanliurfa.
Afirmando que vários títulos "escaparam" do Fenerbahçe de forma duvidosa, Koç denunciou a existência de "uma rede oculta no futebol turco que, durante anos, decidiu o desenvolvimento do campeonato com a intermediação dos árbitros".
O Fenerbahçe exigiu que um árbitro estrangeiro apitasse a Supertaça e também solicitou o seu adiamento para se preparar melhor para o jogo de ida das quartas de final da Liga Conferência, na quinta-feira, contra o Olympiakos da Grécia.
A Federação Turca de Futebol (TFF) puniu na última quarta-feira dois jogadores do Fenerbahçe após os atos de violência ocorridos ao término de um jogo da liga disputado em Trabzon, por se repelir as agressões de um grupo de torcedores do Tranzonspor que invadiu o gramado.
O Galatasaray entrou em campo com seu time principal para o jogo deste domingo.
A partida estava inicialmente programada para o dia 29 de dezembro do ano passado em Riad (Arábia Saudita), mas foi adiada de última hora porque as autoridades sauditas impediram que os jogadores usassem camisas com mensagens políticas.
Ambas as equipes, que lutam pelo título do Campeonato Turco a sete rodadas do fim, haviam acordado então realizar o aquecimento no campo com a imagem de Mustafa Kemal Atatürk, fundador da Turquia moderna, para comemorar o centenário da República Turca.
* AFP