Na busca por uma pele do rosto mais macia, viçosa e saudável, amantes do skincare não podem deixar de fora uma etapa simples, que é a esfoliação. Há duas maneiras principais de fazer o procedimento: produtos com fórmulas físicas ou químicas.
A primeira opção contêm partículas que, ao serem friccionadas contra a pele, removem impurezas e células mortas, promovendo a renovação do tecido. Já a segunda é sem atrito, com a atuação de ativos nas camadas mais superficiais da pele.
De acordo com a dermatologista Gabriela Horn, que atua em Novo Hamburgo, tanto o processo químico quanto o físico podem ser realizados em todos os tipos de pele, das mais oleosas às ressecadas. O que varia é o tipo de produto e a frequência com que o tecido será esfoliado.
O mais importante, ressalta a profissional, é entender qual o seu tipo e pele e suas demandas, para não errar no tratamento. Quando há muita acne, por exemplo, o efeito pode ser de ainda mais inflamação, caso a esfoliação seja feita de forma incorreta. Já uma pele muito sensível pode ficar vermelha e irritada com o produto errado. Saiba mais a seguir.
Qual o papel da esfoliação e que benefícios ela pode trazer?
A esfoliação é uma técnica bastante conhecida para fazer uma limpeza mais profunda da pele, removendo sujeiras e impurezas que podem ficar retidas na região e estimulando a renovação celular. Como resultado, ajuda a manter pele mais jovem, pode melhorar a aparência de marcas, manchinhas e deixar a textura da pele mais homogênea. Por conta de ser capaz de remover o excesso de oleosidade acumulada nos poros, a esfoliação também acaba prevenindo a formação de cravos e espinhas. Além disso, removendo as camadas mais superficiais da pele, aumenta a capacidade de absorção de cosméticos no tecido. É como se preparássemos a pele pra receber melhor algum produto ou tratamento.
Como funciona a esfoliação física?
Através do atrito. O esfoliante ideal para o rosto deve ter partículas de tamanho pequeno a médio, que sejam compostas por ativos naturais, como sementes de apricot ou cascas de arroz. O processo faz a remoção epitelial e do sebo. Recomendo evitar os produtos que contenham microplásticos como agente esfoliante. Isso porque, após o enxágue, essas pequenas esferas de polietileno acabam chegando aos rios e mares, causando poluição ambiental e até mesmo mortandade dos peixes.
E a química?
Ela ocorre através de substâncias geralmente ácidas, com propriedades capazes de fazer a renovação das camadas mais superficiais da pele. Isso ocorre porque esses ativos promovem um desprendimento microscópico das células sem necessidade de atrito. A técnica deve ser adotada com o acompanhamento de um dermatologista.
Quantas vezes por semana o procedimento deve ser feito?
A esfoliação física deve observar algum intervalo de alguns dias, sendo que a frequência depende do tipo de pele da pessoa: as mais oleosas podem ser esfoliadas duas vezes por semana, enquanto as normais a secas, no máximo, uma vez a cada sete dias. É preciso evitar a esfoliação facial excessiva, porque ela pode provocar a sensibilização da pele, causando irritabilidade, vermelhidão e até mesmo sensação de repuxamento.
A esfoliação química pode ser feita até mesmo diariamente. Mas isso só se dá a partir da prescrição dermatológica de produtos indicados para o seu tipo de pele.
Ambos métodos podem ser feitos em qualquer tipo de pele?
A física pode ser feita em todos os tipos de pele, só que as mais sensíveis necessitarão de mais atenção na hora do procedimento. Pode ser indicado fazer com menos frequência, como uma vez por semana ou a cada quinze dias. Também não é indicado fazer muita pressão do esfoliante contra a pele, pois isso pode aumentar a sensibilização do tecido do rosto.
Quanto ao esfoliante químico, ele também pode ser utilizado em todos os tipos. Porém, a escolha do ácido vai ser definida conforme a sensibilidade da pele. Essa escolha deve ser feita junto com um dermatologista.
Quando a esfoliação não é indicada?
Quando a pele está muito sensibilizada ou apresenta vermelhidão excessiva e sintomas como ardência e coceira. A esfoliação também não deve ser realizada se a pessoa está com doenças dermatológicas em atividade, como rosácea descontrolada ou dermatite seborreica. Nestas situações, ela deve ser evitada, já que pode aumentar o processo inflamatório da pele. Além disso, em pacientes que estejam com acne ativa, apresentando lesões inflamatórias como pápulas, pústulas ou nódulos, também não é interessante fazer. É preciso cautela.
Você pode citar alguns exemplos de produtos disponíveis no mercado?
Os esfoliantes químicos são melhor indicados quando a pele é avaliada em consulta com dermatologista. Já no caso dos físicos, algumas opções que podem ser encontradas no mercado são Normaderm 3 em 1, Acne Proofing Neutrogena, Actine, Dermotivin Scrub, U. SK Perfect Rice Scrub, pó esfoliante facial Granado, pasta esfoliante facial Simple Organic, sabonete facial esfoliante Kur e outras.
Para a esfoliação corporal, o que é indicado?
No corpo, o mais recomendado é a utilização de esfoliantes físicos. Eles se diferenciam dos produtos para a face por seus grânulos serem de tamanho maior. A frequência também depende do tipo de pele da pessoa. As normais a oleosas pode ser esfoliadas uma vez por semana e as mais secas, a cada 15 dias.