Ex-volante, com rápida passagem pela seleção argentina, Lucas Bernardi, 41 anos, passou quase 10 anos na Europa. Com o Monaco, alcançou uma final da Liga dos Campeões, em 2003-2004. Perdeu. Quando voltou ao Newell's, que o formou, jogou mais seis anos, quase 200 partidas.
Não surpreendeu ninguém quando aceitou treinar o time em uma emergência em 2015, um ano depois de encerrar a carreira como jogador (1998-2014).
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A vida como treinador no clube de coração durou sete meses. Saiu em 2016 sem conseguir implantar novas ideias e logo passou pelo Arsenal de Sarandí.
Dois meses depois, mudou-se para o Godoy Cruz, que espera o Grêmio, na terça (04), na Argentina, pela Copa Libertadores. Bernardi quase perdeu o emprego durante o Campeonato Argentino no semestre passado. A 14ª posição, 20 pontos distantes do campeão Boca, incomodou a torcida.
A Libertadores o salvou. A classificação para as oitavas de final acalmou os críticos.A experiência de Bernardi com brasileiros no torneio não o recomenda. Em dois jogos contra o Atlético-MG, na fase de grupos, empatou em casa e perdeu em Minas Gerais. Foi goleado, 4 a 1.
Esta é a primeira vez que o Godoy Cruz chega à fase de mata-mata do torneio continental.
Da nova geração de treinadores argentinos, Bernardi gosta que seu time tenha a posse de bola, assim como o Grêmio de Renato. É agressivo quando usa o Estádio Malvinas Argentinas, em Mendoza, como casa. Faz uma marcação alta. Forte, às vezes viril.
Ele gosta de atuar com três zagueiros. Povoa o meio-campo com cinco homens rápidos e de mobilidade. Dois deles são volantes, sempre bons marcadores. Seus atacantes são velozes, mas a dupla não está livre de cumprir funções defensivas.