O recolhimento do lixo nos 19 bairros atendidos pela coleta mecanizada em contêineres deve ser normalizado em aproximadamente uma semana. A previsão é do secretário Municipal de Serviços Urbanos (Smsurb). Marcos Felipi Garcia concedeu entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça-feira (19).
A promessa foi feita horas depois da prefeitura ter anunciado a rescisão do contrato com o consórcio Porto Alegre Limpa. Com dois caminhões estragados, o grupo de empresas voltou a apresentar falha no recolhimento de resíduos nos últimos dias.
- A gente acredita que no início da semana que vem já esteja normalizado. A empresa que teve o contrato rescindido tem uma transição de até 60 dias. Ainda tem alguns caminhões da empresa (3), que teve o contrato rescindido, que permite que a prefeitura possa usar bens privados em situações como essa, e depois fazer o pagamento por necessidade - destaca Garcia.
Segundo ele, a empresa Conesul, que assumiu a coleta em contêineres, já atua na cidade com quatro caminhões, número maior do que o consórcio Porto Alegre Limpa oferecia e que teve o contrato rescindido. Ainda nesta terça-feira, mais dois caminhões se somarão à frota e, ao longo da semana, outros serão incorporados, a ponto da coleta mecanizada contar com até sete veículos atuando no recolhimento, e mais outros caminhões reservas.
Já na semana que vem a troca começará a ser feita nos contêineres. A nova empresa colocará de 30 a 50 equipamentos novos por dia. Como os 19 bairros que tem coleta mecanizada contam com 2,6 mil contêineres, a troca total deverá durar aproximadamente dois meses.
- Pedimos para que a nova empresa foque primeiramente nos contêineres sem tampa, que foram vandalizados. Os novos contêineres são do mesmo estilo, pois são da empresa que apresentou a melhor proposta num menor tempo, que melhor atendeu o interesse público - destaca o secretário.
A empresa Conesul atuará por 180 dias, mas uma nova contratação emergencial poderá ser realizada. Neste período, a prefeitura pretende lançar uma licitação para escolher quem ficará responsável pelo serviço.
Sobre não ter dado prosseguimento à contratação que havia sido lançada em julho, o secretário destacou que a prefeitura pretende fazer adequações no novo edital. O desconhecimento das empresas participantes da disputa trouxeram dúvidas se elas teriam condições de cumprir o que a prefeitura determinava.
- O número de contêineres era enorme. Mudaria todo o sistema da cidade. Como a gente necessitava imediatamente deste outro contrato, decidimos, neste momento, sermos conservadores; primeiro estabilizar o serviço, para que a gente possa focar agora, novamente, nessa coleta, que vai trazer tranquilidade. A gente espera que a empresa que vença (a nova licitação) entregue o que a gente pede - avalia Garcia.
Ele também foi questionado sobre a proposta que a prefeitura fez, em setembro, para que o consórcio Porto Alegre Limpa permanecesse atuando na cidade. O convite foi feito três meses depois do prefeito Sebastião Melo ter anunciado a intenção de rescisão.
- Onde a empresa falhou, aplicamos notificações e multas, intenção de rescisão, análises de defesa prévia e de recurso. Durante este período, a empresa apresentou estabilidade. Teve momentos em que a empresa não falhou. Só que, mais um vez, ela falhou. E por isso decidimos rescindir o contrato - comenta o secretário.
A prefeitura estuda sete modelos de recolhimento de lixo por contêineres. Garcia antecipa que a ideia envolve, também, apresentar equipamentos para a coleta seletiva em alguns bairros.
