Senador Tasso Jereissati (CE) lançou oficialmente a sua candidatura à presidência do PSDB, na manhã desta quarta-feira, 8, com a defesa de um código de ética "mais rigoroso" e de um novo estatuto que contemple adoção do sistema de compliance (conjunto de boas práticas) para fiscalização interna do partido e seus integrantes. Durante o evento, realizado na liderança da sigla no Senado, estavam presentes 14 deputados e seis senadores tucanos. O cearense vai disputar a vaga com o governador Marconi Perillo (GO), apoiado pelo presidente licenciado da sigla, senador Aécio Neves (MG).
Ele comparou o momento ao da criação do PSDB, no final da década de 1980, por iniciativa, principalmente, de parlamentares dissidentes do PMDB. "É uma refundação, uma reciclagem, pode chamar do que quiser, é uma profunda autocrítica, com o objetivo de se reconectar com as ruas", disse o senador sobre suas propostas.
De acordo com Jereissati, "há uma enorme identidade" dos tucanos com as reformas propostas pelo governo Michel Temer, porém, no aspecto político, o partido "está muito distanciado das práticas fisiológicas do governo". Sobre um eventual desembarque do PSDB até o final do ano, o senador disse que a decisão deve ser tomada até a convenção do partido, em dezembro. "Vamos resolver isso até a convenção. Não sou eu que vou resolver isso sozinho, é o partido."
Questionado sobre a pressão de integrantes do chamado "Centrão" para tomar os do PSDB no governo, Jereissati considerou que é "um show de fisiologismo". "Essa história de dizer 'só voto se tiver isso', 'só voto se tiver aquilo' é justamente do que queremos nos distanciar", rebateu.sd