Integrantes da quadrilha queconstruiu um túnel para furtar o Banco do Brasil, na Zona Sul de São Paulo, podem enfrentar penas relativamente leves para o que seria, segundo a polícia, o "maior assalto do mundo". A ideia do bando era levar R$ 1 bilhão dos cofres da instituição. O túnel começou a ser concretado pela Prefeitura nesta quarta (4).
Os 16 homens presos por participar da escavação vão responder por tentativa de furto qualificado e associação criminosa. A associação criminosa prevê de três a oito anos de cadeia. Já o furto qualificado, de dois a oito anos de reclusão - como no caso houve apenas a tentativa de furtar o banco, a pena já pode ser reduzida em até 2/3.
Apenas dois dos criminosos não tinham histórico criminal, o que facilitaria a obtenção de benefícios judiciais. Todos os demais já tiveram passagem pela polícia e Alceu Ceu Nogueira, apontado como líder do grupo, inclusive era foragido da Justiça, condenado por outro crime. Ele também seria um dos mentores do roubo milionário à Prosegur, no Paraguai, no começo do ano.
Para João Paulo Martinelli, professor do Instituto de Direito Público de São Paulo, há, porém, a possibilidade de penas ainda mais brandas pelo fato de que a construção da passagem subterrânea pode ser interpretada pela Justiça como um mero ato preparatório, e não um crime de fato. O único delito cometido pelos bandidos seria, então, a organização criminosa.