beira do Guaíba, na Barra do Ribeiro, a sede da Fábrica de Gaiteiros se viu tomada pelas águas devido às enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. E, dentro do prédio, boa parte do maquinário e da matéria-prima que seriam utilizados para confeccionar novos acordeons ficaram submersos — o nível da água chegou a 1m5cm e, agora, segue em torno de 1 metro.
O projeto, no momento, está com as atividades suspensas em sua matriz e sem previsão de quando poderá voltar à ativa, visto a lentidão para a diminuição da elevação do Guaíba. Segundo Renato Borghetti, acordeonista e fundador da iniciativa, ainda não dá para ter noção do prejuízo, porque o nível da água, que segue alto, ainda não permite fazer uma avaliação do estrago.
O projeto, no momento, está com as atividades suspensas em sua matriz e sem previsão de quando poderá voltar à ativa, visto a lentidão para a diminuição da elevação do Guaíba. Segundo Renato Borghetti, acordeonista e fundador da iniciativa, ainda não dá para ter noção do prejuízo, porque o nível da água, que segue alto, ainda não permite fazer uma avaliação do estrago.
— Precisamos ter paciência e esperar a água baixar para ter a dimensão do estrago. Mas a matéria-prima toda nossa, como a madeira, o papelão dos foles, estragaram. E as nossas máquinas, como prensas, retíficas, máquinas CNC, serras, estão todas com os motores dentro d'água — explica o artista, que nutre esperança de poder recuperar os equipamentos de confecção dos instrumentos.
A Fábrica de Gaiteiros, que tem como objetivo a formação de novos acordeonistas, com foco em jovens de sete a 15 anos, tem, atualmente, 630 alunos. De acordo com Borghetti, eles continuarão a ter aulas, uma vez que o projeto já se expandiu para outras 24 localidades e, nesta semana, todas elas já vão estar funcionando plenamente, seja com aulas presenciais ou virtuais.
— O que afetou com a enchente foi a fabricação. Mas, com as gaitas que já foram feitas, conseguimos atender às crianças inscritas no projeto. O principal objetivo, que é atender essa criançada, a gente consegue manter com as aulas — detalha Borghetti, explicando que os instrumentos passam por revezamento.
As crianças que têm aulas na sede da Fábrica de Gaiteiros, na Barra do Ribeiro, também não ficarão desamparadas. O músico idealizador da iniciativa comemora que a mãe de um aluno cedeu a sua casa para que o ensino seja retomado e, assim, evitando haver prejuízo no aprendizado para os estudantes da cidade.