O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RS) e o Grupo Hospitalar Conceição abriram sindicância para apurar a morte de um bebê do sexo feminino na manhã desta segunda-feira (28). A criança, com 40 dias de vida, estava internada na UTI neonatal do Hospital Fêmina. Uma técnica em enfermagem teria injetado, na noite de domingo (27), alimento em um cateter da corrente sanguínea da criança. Fiscais do conselho recolheram na manhã desta terça-feira o prontuário e a escala de trabalho da noite do episódio. O presidente do Coren-RS, Ricardo Rivero, afirma que o Fêmina sofre com a falta de profissionais, mas diz que o procedimento feito pela técnica era simples.
"É uma técnica que, para nós enquanto profissionais, é rotineira. Quando a gente está sobrecarregado, pode ocorrer esse tipo de erro, que é inadmissível. Por isso temos que entender o processo como se deu", diz o presidente do Coren-RS.
O gerente de internação do Hospital Fêmina, Sérgio Galbisnki, garante que na noite do procedimento havia o número suficiente de profissionais na UTI neonatal.
"Não tínhamos, naquele momento e naquele setor, a falta nem de profissionais nem de técnicos. Tínhamos exatamente o número correto. Não é aceitável que, num momento importante desse, entre uma .discussão corporativa", rebate o gerente do Hospital Fêmina.
O procedimento disciplinar administrativo do Coren-RS tem prazo de duração de até 60 dias. Já a sindicância do Hospital Fêmina não tem prazo. A técnica em enfermagem foi afastada das funções. O nome dela não foi divulgado.
Gaúcha
Sindicância investiga morte de bebê na UTI do Hospital Fêmina, em Porto Alegre
Técnica de enfermagem teria injetado alimento na corrente sanguínea da criança
Paulo Rocha
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