Conforme o delegado, a análise bancária indicou movimentações financeiras atípicas por parte do principal investigado.
— Foi possível detectar contas de passagem de valores, com entradas e saídas quase simultâneas. Também há uma situação de um funcionário humilde que teria recebido altos valores na conta — explicou Barcellos.
Um dos objetivos das buscas é recolher documentos que ajudem a entender o funcionamento dos negócios e a identificar quem faz parte da rede de laranjas, pessoas que emprestam seus nomes ou contas bancárias para os criminosos.
O diretor da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro do Deic, delegado Cassiano Cabral, destacou a estratégia do departamento de expansão operacional em nível estadual:
— Trabalhando pelo enfraquecimento dessas células criminosas no Interior, temos, consequentemente, a fragilização dos comandos na Capital.
Além de 11 mandados de busca e apreensão, a Justiça autorizou a quebra de sigilos bancários, fiscal e bursátil (relacionado com a Bolsa de Valores) e de indisponibilidade de bens de investigados.
A reportagem tenta contato com a defesa dos investigados e com os proprietários dos estabelecimentos para manifestação. O espaço segue aberto.