A Polícia Civil de Gramado ouviu o motorista do veículo envolvido no acidente que provocou a morte do turista paulista Caio Pereira do Nascimento, em Gramado, na última segunda-feira (18). Nascimento estava com a família em um jipe que caiu em um barranco na Estrada da Lajeana, em um passeio que tem como destino o chamado pé da Cascata do Caracol, em Canela.
A cargo da investigação, a delegada Fernanda Aranha divulgou a versão do motorista, que prestou depoimento logo após o ocorrido. De acordo com ela, o condutor disse que estava descendo pela via, quando cruzou com um micro-ônibus da Brocker Turismo, empresa responsável pela rota “Pé da Cascata Explorer” e para quem trabalha.
Segundo consta no depoimento, ao se depararem, ambos os condutores pararam, quando o que se acidentou percebeu que o solo teria cedido, e o automóvel tombou para o lado direito da estrada, resultando no capotamento.
Ele relatou ter auxiliado os passageiros a saírem e verificou que um dos deles havia ficado preso embaixo das ferragens. O motorista ainda teria confirmado no depoimento que não é comum os veículos se cruzarem naquele trecho e não percebeu que havia o barranco, já que a mata no local é fechada.
Questionada sobre quem poderá ser indiciado, a delegada ressalta que precisa esperar o andamento da investigação para concluir o processo.
— O inquérito policial irá apurar o crime de homicídio culposo. Vamos levantar todas as circunstâncias para verificar os culpados — confirma Fernanda.
Ainda conforme a delegada, o trecho da estrada foi liberado pelas autoridades após o trabalho da perícia. A empresa Brocker Turismo informou que o passeio turístico seguirá suspenso por tempo indeterminado.
Prefeitura confirma liberação da estrada
Sobre as condições da via e a normalização do trânsito, a prefeitura de Gramado informou que o fato ocorreu em uma estrada rural municipal, sem pavimentação e de uso público, e que está liberada.
Já em relação à citação do motorista sobre a cedência do solo, o município salienta que a situação “poderá ser comprovada ou não, somente após a perícia”.