Quase um ano após a instalação das câmeras nos principais acessos de Farroupilha, o sistema de cercamento eletrônico do município entrou em operação. Desde a semana passada os equipamentos captam as imagens e enviam para a central de operações, que fica na área central da cidade. O sistema, contudo, ainda depende de ajustes e treinamento das equipes, que devem ser finalizados dentro de um mês.
Leia mais
Câmeras do cercamento eletrônico são instaladas em acessos a Farroupilha
Cercamento eletrônico de Farroupilha será ativado sem autuar motoristas por excesso de velocidade
Ao todo, o sistema conta com 19 câmeras em oito pontos que realizam a leitura de placas de veículos e são capazes de detectar e informar aos órgãos de segurança se são furtados, roubados ou possuem pendências no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Além disso, outras 89 câmeras, quatro delas com reconhecimento facial, serão utilizadas no monitoramento de áreas públicas da cidade. O projeto também contempla a modernização dos semáforos, que passarão a contar com câmeras capazes de identificar infrações de trânsito. Conforme a secretária de Gestão e Desenvolvimento Humano, Elda Brutomesso, contudo, a fiscalização dos semáforos não será acionada inicialmente. Isso também vale para as 19 câmeras instaladas nos acessos à cidade, que podem ser utilizadas como controladores de velocidade.
— Não vamos trabalhar no momento com multas e punições, no máximo com advertência. Queremos fazer um trabalho educativo em questões de trânsito. O simples fato de ter cercamento já tem um efeito preventivo — garante.
O funcionamento pleno do sistema ainda depende da substituição de câmeras antigas, sem a tecnologia necessária e a implantação de redes de fibra óptica em alguns pontos. Os dados coletados ainda não são compartilhados com o governo do Estado e outras cidades, embora Farroupilha integre o Sistema Integrado de Municípios (SIM). Para isso, ainda é necessário realizar ajustes que permitam a integração com o sistema da Secretaria Estadual de Segurança Pública, o que não há prazo. Apesar disso, Elda afirma que a Brigada Militar do município e a própria prefeitura já recebem os dados. A central de monitoramento fica no antigo prédio da delegacia da Polícia Civil e conta com segurança 24 horas.
Embora o contrato com a empresa fornecedora dos softwares e equipamentos já esteja em vigor há cerca de um ano, o acionamento do sistema ocorreu somente agora devido a suspensões ocorridas nos últimos meses. As paralisações, segundo a secretária, foram motivadas pela pandemia, pela mudança na administração municipal e pela necessidade de análise do projeto.
Sem prazo para implantação em Caxias
A maior cidade da Serra também tem planos de implantar um sistema de cercamento eletrônico, mas o projeto ainda tramita internamente. Além de aguardar um aval da Secretaria Estadual de Segurança Pública para a interligação do sistema, o município também precisa encaminhar a compra dos equipamentos.
Apesar disso, segundo o secretário municipal de Segurança Pública e Proteção Social, Hernest Larrat dos Santos, a prefeitura já mapeou os locais que devem receber o sistema. A implantação está prevista para ocorrer em duas fases. A primeira, deve contar com 32 câmeras em 12 pontos diferentes, como a RS-122, a BR-116 e a Avenida São Leopoldo, entre outros. Já a segunda fase prevê a instalação de mais de 72 câmeras em 28 pontos. Todas irão se somar às 51 câmeras já existentes.
— Está dividido em anel externo, central, BR e ruas internas. Você consegue um rastreamento linear, para saber onde o veículo passou. Caxias necessita. Já era, inclusive, para ter acontecido — observa Larrat.
Conforme o secretário, o assunto deve voltar a ser tratado em reunião com representantes do Estado na próxima semana. Contudo, ainda não estimativa de quando o sistema será implantado na cidade.