Com investimento estimado em R$ 3,5 milhões para construção do prédio e compra de equipamentos, a instalação de uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Nossa Senhora de Fátima, em Flores da Cunha, é pouco viável. Esta é a avaliação do secretário da Saúde, Vanderlei Stuani. O estudo para a implantação da UTI mostrou a construção de um prédio de 360 metros quadrados para a instalação de 10 leitos custará R$ 1,4 milhão. A compra de equipamentos está estimada em pouco mais de R$ 2,1 milhões. Mas o valor de manutenção é o ponto mais crítico na avaliação da Secretaria da Saúde.
O gasto mensal está estimado em R$ 651 mil. Será necessário contratar 51 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, higienizadoras e auxiliares administrativos. Conforme o secretário de Saúde, uma equipe de médicos especialistas plantonistas também terá de ser contratada e, em uma avaliação prévia, isso faria o valor saltar para cerca de R$ 800 mil por mês em pagamentos de recursos humanos.
O valor é considerado alto, explica o secretário, já que o pagamento médio do leito pelo SUS é de R$ 478 por dia. Stuani salienta que o repasse federal seria, portanto, de cerca de R$ 150 mil mensais, caso todos os leitos ficassem ocupados todos os dias.
— Foi lançada a semente. Agora, vamos ter que ver. Mas hoje, de imediato, é difícil porque os valores são bem expressivos — comenta o secretário, a respeito da continuidade do projeto.
A habilitação dos leitos também não costuma ser imediata e, portanto, o prazo para o recebimento de recursos da União seria impreciso. Para o secretário, a viabilidade econômica do projeto dependeria de investimentos da iniciativa privada.