Desde o dia 8 de setembro, as escolas de Educação Infantil receberam a liberação do governo do Estado para reabrirem. Para isso, precisaram se adequar a muitas normas e adaptações, pois foram muitos meses sem o ensino presencial.
Em Vacaria, a primeira a retornar foi a Escola Cia dos Baixinhos, no dia 9 de setembro. Para a diretora, Tais Catarini, as primeiras semanas estão sendo tranquilas, melhor do que imaginavam em relação aos cuidados necessários, pois há muita conscientização por parte das famílias e alunos. Assim como a maioria das escolinhas que voltaram com o ensino presencial, uma das características, foi a redução no número de alunos. Antes, a escola atendia 75 alunos e, hoje, está atendendo 25 crianças.
- Retornamos de forma escalonada, mas o grupo que já voltou está conseguindo se adequar às regras, utilização de máscara, seguindo demarcações. O mais difícil é a nova adaptação para as crianças, que ficaram seis meses longe da escola.
Quanto à essa adaptação, Tais ressalta a separação dos pais. Entretanto, a saudades dos amigos também é grande, o que deixa as crianças muito felizes e animadas. Seguindo as normas, é feita a verificação diária da temperatura, os pequenos passam por um túnel de descontaminação, limpeza dos pés, troca de calçados e uso de álcool gel, o que garante a prevenção.
Das cinco escolas de Educação Infantil privadas do município, além da Cia dos Baixinhos, a Curiosa Idade retornou. As demais ainda não tem data definida para a volta. A coordenadora pedagógica da Educação Infantil e presidente do Centro de Operações de Emergência em Saúde para a Educação (COE), Janete Alves Duarte, avalia que o mais difícil é manter o distanciamento por conta da interação, que é uma das características desta etapa de ensino. Mas, em geral, também avalia o retorno como sendo tranquilo, até pelo número menor de alunos. As vistorias estão sendo feitas pela Vigilância Sanitária juntamente com o COE e, por enquanto, não houve nenhum caso de coronavírus identificado nas escolas que reabriram.
Em Carlos Barbosa, conforme o secretário de Educação, Fabiano Taufer, das cinco escolinhas particulares, duas ainda não reabriram. No momento, são em torno de 50 crianças sendo atendidas.
- Apesar da autorização, muitas famílias ainda estão receosas. Nós fazemos o acompanhamento todas as semanas mas, realmente, o número é pequeno - destaca o secretário.
Na Escola Carossel Mágico, o retorno também está sendo tranquilo para Juliana Xavier, uma das diretoras, pois os pais estão respeitando todos os protocolos, assim como as crianças.
- Ainda não tivemos grande desafios, pois a escola está equipada com todas as exigências e as normas estão sendo seguidas.
Um dos fatores que facilita o atendimento é o número menor de crianças. A escola está atendendo 12 alunos divididos nas salas. Conforme a prefeitura de Carlos Barbosa, até o momento não houve nenhum caso detectado de covid-19 em virtude do retorno das aulas na Educação Infantil.
Em Garibaldi, uma das escolas que já retornou foi a Canção de Ninar. Conforme a diretora Fernanda Guarnieri, as crianças estão seguindo as normas e os pais também, de forma natural.
- O maior desafio é retornar à rotina normal como escola, termos o nosso número normal de alunos. Atendíamos cerca de 40 alunos e, agora, apenas 15 frequentam a escola.
O fato de não terem perdido o contato com as crianças durante a pandemia auxiliou na conscientização, pois elas já estavam preparadas paras as normas, segundo Fernanda. A escola acredita que, aos poucos, retornará às atividades normais, sendo que os primeiros 15 dias são de muita alegria depois de seis meses bem angustiantes.
Conforme a secretária de Educação, Simone Cristina Rosanelli Chies,a rede privada de Educação Infantil de Garibaldi conta com 10 escolas, as quais estão autorizadas a retornar com as atividades presenciais desde 8 de setembro. Uma delas retornou nesta data e outras duas no dia 15. As demais preveem a reabertura em outubro.
- Segundo as direções das escolas, este primeiro momento está sendo tranquilo, embora ressaltando que é bastante trabalhoso em função de todos os protocolos necessários - destaca.
Em Canela, conforme a secretária de Educação, Ana Paula Zini Bazzan, das oito escolas privadas de Educação Infantil, seis já retornaram e estão seguindo os protocolos necessários.
- O que estão nos passando é que está bem tranquilo, pois não tem muitas crianças nesse primeiro momento. Além disso, foram feitos muitos treinamentos e reuniões com a Secretaria da Saúde, o que deixou os professores preparados.
Na análise da secretária, os principais desafios são o distanciamento e os protocolos por se tratar de um retorno depois de muito tempo de paralisação, o que gera uma certa apreensão.