A região Nordeste do Rio Grande do Sul teve 9.557 casos de covid-19 confirmados pelos municípios entre 14 de agosto e esta quinta-feira (17). Os dados representam mais de 36% dos 26.315 pacientes com diagnóstico da doença desde o início da pandemia. Por outro lado, a taxa de contaminados nos primeiros 17 dias de setembro se manteve praticamente estável em relação à última quinzena do mês passado. Os dados fazem parte do acompanhamento diário feito pela redação integrada da RBS Serra a partir dos números divulgados pelas prefeituras.
No período de 14 a 31 de agosto, entraram para a lista de infectados pelo coronavírus 4.727 pacientes; no mês de setembro, até agora, foram 4.830. Outro dado que mostra um cenário de estabilidade é a ocupação dos leitos de UTI, que tem se mantido com taxas entre 75% a 80% nos últimos 15 dias, conforme o acompanhamento do Governo do Estado.
A titular da 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, Tatiane Misturini Fiorio, diz que esses índices estáveis se refletem, inclusive, no fato de que a Serra tem conseguido se manter na bandeira laranja do modelo de distanciamento controlado. Além disso, ela destaca que o pedido de reconsideração feito pelos municípios na semana passada, depois da região ser previamente colocada na bandeira vermelha, foi aceito porque o crescimento de ocupação de 20 leitos de UTI em uma semana envolveu outras doenças e não a covid-19:
— Diariamente, a gente vem notando que está diminuindo a taxa de ocupação de leitos de pacientes confirmados ou suspeitos (de covid-19) e tem observado um aumento nas ocupações das UTIs de pacientes com outros agravos. É uma mudança lenta, pequena, mas dia a dia a gente está observando que esses números têm se invertido.
A projeção, segundo ela, é que essa estabilidade se mantenha em setembro e, em outubro, se inicie uma queda. No entanto, a coordenadora admite que ainda não se sabe qual será o impacto da volta às aulas presenciais sobre esses dados.
Para o secretário da Saúde de Caxias do Sul, Jorge Olavo Hanh Castro, é o comportamento da população que vai influenciar a evolução da pandemia daqui para a frente. O médico destaca que é necessário manter as medidas básicas de higienização das mãos, uso de máscaras, redução da mobilidade e o distanciamento social para garantir que o sistema de saúde dê conta de atender a toda a demanda:
— Não está resolvido. A pandemia não está se encaminhando para o fim. Nós temos um número de pessoas que não tiveram contato com o vírus muito grande. Então, se nós perdermos o controle disso, pode realmente faltar leitos.
Município mais populoso da Serra, Caxias concentra também o maior número de casos: são 7.319 mil pacientes confirmados, segundo o boletim divulgado nesta quinta-feira (17) à noite
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