Além do desafio de garantir a segurança sanitária para uma possível volta às aulas presenciais, a Secretaria Municipal da Educação de Caxias do Sul terá de rever o quadro de professores. Cerca de 300 não poderão frequentar as escolas por estarem nos grupos de risco para a covid-19, segundo a a secretária municipal da Educação, Flávia Vergani. O número representa quase 8% dos mais de 3,8 mil docentes da rede municipal de ensino.
O município ainda não definiu se autorizará o retorno das atividades presenciais para os ensinos Fundamental, Médio e Superior conforme o calendário do Governo do Estado, que abre a possibilidade de escalonamento para a volta entre 21 de setembro e 12 de novembro. Por enquanto, está definido que as escolas particulares de Educação Infantil poderão reabrir na próxima terça-feira (8), desde que tenham um plano de contingência aprovado pelo município – até agora, 27 dos mais de 140 documentos apresentados já foram avalizados – e que Caxias esteja na bandeira laranja ou amarela do sistema de distanciamento controlado.
Em entrevista ao Gaúcha Hoje da Gaúcha Serra nesta quinta-feira (3), Flávia reafirmou que a volta presencial para os demais níveis de ensino vai depender da evolução do quadro de contaminação nas próximas duas semanas. Ela admitiu também que o número de professores afastados por estarem no grupo de risco terá um impacto importante para a rede:
— É um número muito significativo, mas temos que pensar que nós não podemos deixar os nossos colegas correrem riscos porque não podemos, caso a gente reabra, o que não estamos cogitando nesse primeiro momento, é ter mais professores doentes. Então, é um planejamento que está nos exigindo também um plano B, se casos outros colegas, além desses, adoecerem.
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Conforme a secretária, caso ocorra o retorno presencial, deverá ser adotado o aumento da carga horária de professores concursados para suprir esse déficit deixado pelos profissionais do grupo de risco.
Preparação – Cada escola terá de fazer um plano de contingência para a volta das atividades. Segundo a secretária, a pasta trabalha com equipes diretivas nesse processo. Ela conta que as instituições já receberam termômetros para acompanhar se a comunidade escolar apresenta febre, que é um dos sintomas do coronavírus, e também já iniciaram a compra de tapetes de higienização dos calçados, além das sinalizações para manutenção do distanciamento.
Ouça a entrevista na íntegra:
