Acionada no fim de novembro para reforçar o abastecimento de água em Gramado, a nova adutora implantada pela Corsan ainda não opera com toda a capacidade. A tubulação liga a represa, em São Francisco de Paula, e a estação de tratamento, em Canela, de onde a água parte para as casas da região.
Leia mais
Gramado sofre cortes no abastecimento de água neste final de semana
Rompimento de adutora atrasa retomada do abastecimento de água em Gramado e Canela
Com falta d'água, qualidade no atendimento aos turistas de Gramado fica comprometida
De acordo com o diretor de operações da Corsan, Eduardo Carvalho, o sistema ampliou em apenas 10% a vazão da água no município e não 30%, como havia sido projetado. A explicação é que a adutora fica em um terreno acidentado e poderia se romper caso fosse utilizada a capacidade máxima.
Por conta disso, o município teve oscilação no abastecimento durante o feriadão de ano-novo. Os principais problemas foram registrados no bairro Várzea Grande e no Loteamento da Celita, que ficam próximos ao pórtico de entrada da cidade.
— Entendemos que uma vazão maior poderia romper a tubulação e causar um problema ainda maior. O abastecimento oscilou, mas não tivemos falta de água. Tivemos alguns momentos de queda na pressão, de baixa nos reservatórios que causaram paradas pontuais — afirma Carvalho.
Outro problema, segundo o diretor, foram quedas de energia que desligaram o sistema de bombeamento por alguns períodos. Ainda no sábado (29) o prefeito João Alfredo de Castilhos Bertolucci (PDT), o Fedoca, confirmou ter recebido relatos de falta de água e disse ter se reunido com os prestadores de serviços.
Conforme Carvalho, ainda em janeiro, duas válvulas e novos reforços serão instalados na adutora, o que vai permitir o uso da capacidade projetada. Nos últimos meses, Gramado tem sofrido com constantes períodos de falta de água e construção da adutora e de novos reservatórios já em operação são apontados como a solução para o problema.