Você já se sentiu adentrando um profundo vazio existencial ao rolar a barra de atualizações de alguma rede social? Já se pegou totalmente perdido ao ficar algumas horas sem acesso ao celular? Ou já tentou ativar um filtro imaginário ao mirar a própria imagem no espelho? A identificação com pelo menos uma dessas sentenças tem se tornado cada vez mais comum e parece embutida no pacote do mundo contemporâneo que atravessamos. Se a internet tem nos proporcionado maravilhas desde sua popularização – facilidades que se tornaram ainda mais essenciais durante o momento de distanciamento social –, muitas problemáticas também estão inseridas nesse universo, principalmente no que diz respeito ao uso das redes sociais. “Nada grandioso entra na vida dos mortais sem uma maldição”, a frase do grego Sófocles (497 a.C. - 406 a.C.) atravessa a história da humanidade para iniciar uma discussão superatual. Ela está na abertura do documentário O Dilema das Redes, sucesso recente da Netflix que vem causando impacto – e certo desconforto – ao revelar detalhes sobre uma engrenagem invisível que controla “escolhas” de muitos de nós.
Documentário
Sucesso na Netflix, "O Dilema das Redes" revela engrenagens ocultas das redes sociais
A democracia também está na corda bamba desde que a polarização tomou conta das redes