O pré-candidato a prefeito de Caxias do Sul Adiló Didomenico (PSDB) teve uma baixa na aliança de partidos em torno de seu nome. O PSL não irá mais integrar a coligação e sim apoiar o pré-candidato do MDB, Carlos Búrigo. A troca foi uma determinação do comando nacional.
Diante da imposição, o presidente do PSL de Caxias, Ezequiel Tavares, colocou o cargo à disposição. Ele deve permanecer até a convenção, marcada para sábado, das 10h às 12h.
Ezequiel diz que havia sinalizado sobre a possibilidade de saída do PSL no dia 26 de agosto, em razão das discordâncias da executiva nacional com o PSDB, com orientação de apoio ao MDB. Ele acreditava que poderia ser revertido.
Ezequiel comunicou Adiló e o grupo de presidentes da coligação na quarta-feira (9).
_ Como eu particularmente não concordo com o nome do vice pelo PSB (vice-prefeito Elói Frizzo), deixei meu cargo à disposição como presidente do PSL.
O efeito José Ivo Sartori na campanha de seu braço direito também já é sentido, conforme nota de Ezequiel aos pré-candidatos a vereador do PSL.
"Como havíamos tido problemas a nível estadual com o PSDB e discordâncias políticas, entrou no radar a possibilidade de compor com o MDB, após a proximidade com o ex-governador Sartori que nos apresentou o deputado Búrigo, nome que mais tarde se consolida como nosso candidato a prefeito. O vice ficaria a cargo do PSB, pois já haviam fechado essa parceria. Mesmo eu não sendo simpático ao PSB nessa nova composição, teremos uma visibilidade muito maior e ainda o apoio incondicional do Sartori com todo seu conhecimento político e aprovação que este possui junto à sociedade, isso agrega muito."
Ele pede ainda que quem faz parte de grupos da coligação de Adiló se retire para evitar conflitos. E diz que Búrigo entrará em contato.
Nota ao grupo de Adiló
O presidente do PSL também enviou uma nota aos presidentes dos partidos da coligação de Adiló (PSDB, PTB, Solidariedade e PSC). Confira:
"Prezados amigos, infelizmente as tratativas políticas às vezes nos surpreendem e mudam o rumo das coisas. Conforme eu já havia sinalizado, aconteceu então essa ruptura com o PSDB em alguns municípios, que acabou afetando a manutenção da minha palavra com esse estimado grupo. Saibam que da minha parte nada se alteraria pois a integração e o respeito pela minha pessoa era perceptível em cada um de vocês. Vou continuar dando apoio aos candidatos, pois não quero abortar os sonhos e o empenho que estes demonstraram."
Reação
Adiló disse que quem se manifestaria era o presidente do Solidariedade, Márcio Amaral, um dos coordenadores da campanha. Amaral declarou:
_ Não acredito ser efeito Sartori, pois não foi uma decisão local, aqui em Caxias estávamos muito alinhados com o PSL, todos participando efetivamente das reuniões, decisões e preparação para a campanha. Essa decisão vem da executiva estadual, de cima para baixo, não respeitando a decisão local, fazendo parte da velha política que a população não quer mais.
O presidente do PSDB, Ozório Rocha, por sua vez, disse:
_ Lamentamos pelos candidatos a vereador, que estavam muito alinhados conosco, mas, faz parte do processo político e democrático. Continuamos muito forte com os demais coligados.