O ritmo de inflação nos Estados Unidos permaneceu estável em fevereiro, atingindo 2,5% na comparação anual, em linha com as expectativas dos analistas, segundo o índice PCE divulgado nesta sexta-feira(28).
A inflação subjacente, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, subiu para 2,8% (acima dos 2,7% em janeiro), segundo este índice elaborado pelo Departamento de Comércio.
Analistas esperavam que o índice PCE ficasse dentro dessa faixa, segundo o consenso publicado pelo MarketWatch, com exceção da inflação subjacente mais alta que o esperado.
Em fevereiro, apenas uma parte das novas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump entrou em vigor. Economistas preveem que esses aumentos nas taxas de importação desencadearão um aumento repentino na inflação.
Na quinta-feira, a presidente do Federal Reserve de Boston, Susan Collins, disse que o aumento dos preços parecia "inevitável", pelo menos "a curto prazo".
No final de sua última reunião, em 19 de março, o Fed (banco central dos EUA) decidiu manter suas taxas enquanto analisava os efeitos das políticas do governo.
As autoridades também reduziram as previsões econômicas para a maior economia do mundo. Estimaram, por exemplo, que a inflação até o final de 2025 será maior do que a previsão anual de 2,7% feita em dezembro.
As altas das taxas de importação, que afetaram recentemente automóveis e seus componentes, preocupam os mercados por seu potencial impacto nas empresas e lares americanos, embora a economia tenha crescido em 2024.
Vários indicadores mostraram que a confiança do consumidor americano despencou desde o retorno de Trump à Casa Branca.
Após um declínio em janeiro, atribuído em parte ao clima frio, o consumo começou a aumentar novamente em fevereiro (0,4% na comparação mensal), segundo a publicação desta sexta-feira.
A renda pessoal aumentou mais rápido do que os analistas esperavam, em 0,8% mensal.
* AFP