O ex-presidente argentino Alberto Fernández (2019-2023) compareceu nesta terça-feira (4) ao tribunal, no âmbito do processo por violência de gênero contra sua ex-companheira Fabiola Yáñez, e posteriormente defendeu sua inocência em um documento de 200 páginas que divulgou na rede social X.
O ex-presidente argentino responde por "lesões leves, duplamente agravadas por serem cometidas por violência de gênero e contra sua então parceira" e pelo crime de "coação".
"Jamais exerci violência física, psicológica ou econômica" sobre Yáñez, assegurou Fernández no documento, no qual afirmou que tanto o promotor quanto o juiz do caso "fizeram tudo o que era necessário para restringir meu direito de defesa e me induzir a me declarar culpado".
O ex-mandatário peronista não respondeu a perguntas e ouviu acusações de "ter causado, em pelo menos duas ocasiões, lesões à sua então parceira Fabiola Andrea Yáñez".
Em 6 de agosto, a ex-primeira-dama denunciou o ex-presidente argentino, com quem tem um filho de dois anos, por violência física e psicológica.
Ele também é acusado de tê-la coagido para impedir que fizesse a denúncia.
Fernández, de 65 anos, nega as acusações e acusa Yáñez de falso testemunho.
Anteriormente, o Ministério Público havia recolhido provas do telefone da secretária particular de Fernández, María Cantero, com fotografias enviadas por Yáñez, nas quais a ex-primeira dama aparecia com hematomas no rosto e no corpo.
Yáñez, uma ex-jornalista de 43 anos que vive em Madri, já prestou depoimento no caso, assim como Cantero.
Fernández pode ser condenado a até 18 anos de prisão por este caso.
* AFP