Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (6), sanções financeiras, as primeiras desde que a nova administração assumiu o cargo, contra uma "rede internacional" acusada de entregar petróleo iraniano à China para financiar as atividades militares de Teerã.
As sanções têm como alvo uma "rede internacional que facilita a entrega de milhões de barris de petróleo bruto iraniano, no valor de centenas de milhões de dólares, para a China", informou um comunicado do Departamento do Comércio.
"Essa rede gera receita ilícita para o exército iraniano", o que lhe permite "financiar grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah", disse o Departamento de Estado em uma declaração separada.
O presidente Donald Trump assinou, na terça-feira, um memorando pedindo que seu governo prepare sanções contra o Irã, como fez durante seu primeiro mandato (2017-2021).
O chefe de Estado declarou que estava adotando uma política de "pressão máxima" contra o Irã, em particular contra seu programa nuclear.
"O regime iraniano continua determinado a aproveitar suas receitas de petróleo para financiar o desenvolvimento de seu programa nuclear, produzir mísseis balísticos e drones letais e financiar grupos terroristas regionais", disse o novo secretário do Tesouro, de acordo com o comunicado.
Entre as entidades e indivíduos sancionados está a Sepehr Energy, que Washington descreve como uma "empresa de fachada" que trabalha em nome do exército iraniano. Vários navios petroleiros e as empresas que os fretaram também estão na mira.
As sanções envolvem o congelamento de ativos mantidos direta ou indiretamente pelas empresas alvo das sanções nos Estados Unidos, assim como a proibição de empresas sediadas nos Estados Unidos ou cidadãos americanos de negociar com indivíduos ou entidades que foram alvos das sanções, sob o risco de também serem sancionados.
Também complicam as transações comerciais das empresas punidas, ao limitar sua capacidade de usar o dólar, com o risco de cair sob a jurisdição americana.
* AFP