Os amantes dos gatos podem ficar tranquilos. A Escócia, uma das quatro nações que fazem parte do Reino Unido, não planeja proibir os felinos, insistiu o seu primeiro-ministro nesta segunda-feira (3), depois que um grupo de especialistas fez recomendações nesse sentido ao governo.
A Comissão Escocesa de Bem-Estar Animal (SAWC, na sigla em inglês) instou os ministros a estudarem a introdução de zonas de contenção para proteger a fauna silvestre em "áreas vulneráveis".
Essas zonas incluiriam restrições para os gatos, assinalou a comissão em um relatório, detalhando que o plano poderia levar a regras que obriguem a manter esses animais no interior das residências e a proibir sua presença em "zonas sensíveis do ponto de vista da conservação".
Antecipando-se a qualquer polêmica, o dirigente escocês, John Swinney, afirmou que seus ministros não estavam dispostos a impor uma proibição, ou restrições, aos gatos.
"Permitam-me esclarecer isto hoje: o governo não vai proibir ou restringir os gatos. Não temos intenção de fazer isso e não vamos fazer", frisou.
No relatório, os especialistas assinalaram que, segundo os estudos, os gatos "podem ter impacto significativo nas populações de animais silvestres, devido à predação e competição por recursos com populações vulneráveis de gatos silvestres" escoceses, uma espécie endêmica ameaçada.
"Alguns países já exigem a contenção dos gatos durante todo o tempo ou sazonalmente para proteger as populações de animais selvagens", diz o documento. "Esta pode ser uma opção para reduzir os impactos de bem-estar dos gatos domésticos na vida silvestre", acrescenta.
* AFP