Os ataques aéreos americanos do fim de semana no norte da Somália mataram "figuras cruciais" do grupo extremista Estado Islâmico (EI), anunciou neste domingo (2) o governo da região semiautônoma somali de Puntland.
"Os ataques aéreos recentes provocaram a neutralização de figuras cruciais do Estado Islâmico", afirmou o governo regional.
Em uma mensagem em sua plataforma Truth Social, o presidente americano, Donald Trump, anunciou no sábado que ordenou "ataques aéreos militares de precisão contra o principal planejador de ataques do EI e outros terroristas" na Somália.
O secretário de Defesa, Pete Hegseth, detalhou que os ataques tinham como alvo elementos da organização extremista nas montanhas de Golis, norte do país africano.
"Nossa avaliação inicial é que vários militantes morreram nos ataques aéreos e nenhum civil ficou ferido", afirmou Hegseth em um comunicado.
Desde dezembro, as forças de Puntland executam operações contra o EI, que teria estabelecido presença nas montanhas de Golis.
Em um comunicado, o governo central da Somália, que controla apenas uma parte do país e tem sede na capital Mogadíscio, afirmou que a operação foi "coordenada pelos governos somali a americano", para atingir os "líderes do EI". Mas não revelou detalhes.
O presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, foi informado sobre os ataques no sábado à noite, segundo seu gabinete, e expressou "profunda gratidão" a Washington em uma mensagem na rede social X.
O grupo Estado Islâmico tem uma presença relativamente pequena na Somália em comparação com o Al Shabaab, vinculado à rede Al Qaeda, mas especialistas alertaram sobre uma atividade crescente.
* AFP