O presidente libanês, Joseph Aoun, pediu neste sábado (18) a retirada do exército israelense do sul do país "dentro dos prazos estabelecidos" pelo acordo de cessar-fogo que encerrou a guerra entre o Hezbollah e Israel, ou seja, antes de 26 de janeiro.
"O Líbano está comprometido com a necessidade de retirada das forças israelenses de seus territórios ocupados dentro do prazo estabelecido pelo acordo de cessar-fogo", disse o chefe de Estado ao receber o secretário-geral da ONU, António Guterres.
O acordo estipula que o exército libanês deve se posicionar junto com os Capacetes Azuis no sul do Líbano, de onde o exército israelense deve se retirar dentro de um período de 60 dias, ou seja, até 26 de janeiro.
Entretanto, esse processo ainda não foi concluído.
O enfraquecido movimento pró-iraniano Hezbollah, por sua vez, deve retirar suas forças ao norte do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira entre Líbano e Israel.
O novo presidente libanês, eleito em 9 de janeiro, denunciou "a continuação das violações terrestres e aéreas israelenses", lamentando em particular "a explosão de casas e a destruição de aldeias fronteiriças, o que vai contra o acordo".
"Com a retirada das forças israelenses e a presença do exército libanês em todo o território libanês, será possível abrir um novo capítulo de paz", disse o chefe da ONU a repórteres após a reunião.
* AFP