As cotações do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (21), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarar na véspera "emergência energética" para aumentar a produção de hidrocarbonetos nos Estados Unidos, reduzir o custo da energia e combater a inflação.
O preço do barril do Brent do mar do Norte para entrega em março cedeu 1,07%, fechando em 79,29 dólares.
Enquanto isso, o West Texas Intermediate para fevereiro registrou uma forte queda, de 2,56%, encerrando o pregão em 75,89 dólares.
Trump pretende aumentar a produção de petróleo e gás para "encher as reservas estratégicas" e "exportar energia americana para o mundo inteiro", disseram os analistas do DNB com base em seu discurso.
O republicano repetiu seu antigo slogan "We will drill, baby, drill" ("Nós vamos perfurar, querida, perfurar") para se referir à sua predileção por combustíveis fósseis.
A ideia do presidente americano é produzir hidrocarbonetos a custos mais baixos para frear os preços e aumentar a capacidade de consumo dos americanos.
"Essa é uma das razões pelas quais os preços [do petróleo] caíram hoje", disse à AFP Robert Yawger, analista da Mizuho USA.
Trump busca "aumentar a pressão pública sobre a indústria para acrescentar barris à aquela que já é a maior produção que vimos", resumiu sobre o recorde registrado pelos Estados Unidos.
"É difícil conceber a noção de 'emergência energética' quando os Estados Unidos produziram 13,2 milhões de barris de petróleo por dia em 2024, mais do que qualquer outro país", afirmou à AFP Stewart Glickman, da CFRA.
Segundo Volkmar Baur, analista do Commerzbank, o mercado espera saber "como Trump abordará as sanções contra a Rússia recentemente adotadas pelo governo de (Joe) Biden" e pelo Reino Unido, as quais elevaram os preços do petróleo.
* AFP