O cantor americano Marilyn Manson não responderá pelas denúncias de agressão sexual e violência doméstica apresentadas por várias mulheres pois os casos prescreveram, informou um promotor de Los Angeles nesta sexta-feira (24).
"Informamos que as acusações de violência doméstica superaram o prazo prescricional, e não podemos provar as acusações de agressão sexual além de qualquer dúvida razoável", afirmou o gabinete do promotor Nathan Hochman em um comunicado.
Hochman disse que a equipe da divisão de crimes sexuais e os detetives do condado de Los Angeles realizaram uma "investigação minuciosa" das denúncias contra o músico durante quatro anos.
Várias mulheres, incluindo as atrizes Esmé Bianco ("Game of Thrones") e Evan Rachel Wood, ex-companheira do cantor, acusaram Manson, cujo nome verdadeiro é Brian Warner, de abusos e agressões sexuais. Wood afirmou que foi estuprada por Manson durante as gravações de um videoclipe.
"Reconhecemos e aplaudimos a coragem e a resistência das mulheres que se apresentaram para denunciar", disse Hochman.
"Embora não possamos acusá-lo neste caso, reconhecemos que a firme defesa das mulheres envolvidas ajudou a aumentar a conscientização sobre os desafios enfrentados pelas sobreviventes de abusos domésticos e agressões sexuais."
O músico sempre negou os crimes, que teriam ocorrido entre 2009 e 2011.
O xerife do condado de Los Angeles anunciou uma investigação contra Manson em 2022. A casa do cantor em Hollywood foi alvo de buscas, mas as investigações não resultaram em acusações criminais.
Aos 56 anos, Manson, que está em uma turnê internacional, anunciou recentemente sua volta aos palcos americanos pela primeira vez desde que as denúncias começaram a surgir.
* AFP