Os rebeldes huthis do Iêmen reivindicaram, nesta quinta-feira (19), a autoria do lançamento de dois mísseis e um drone contra Israel depois dos bombardeios israelenses que destruíram portos e outras infraestruturas do país, e deixaram nove mortos.
O Exército israelense anunciou ataques contra portos e a infraestrutura energética dos huthis, a mais de 1.500 km de Israel, em resposta ao lançamento de mísseis.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que "quem atacar Israel pagará um preço alto por isso", em um vídeo publicado por seu gabinete.
O Irã, inimigo de Israel e que apoia os huthis, classificou os bombardeios israelenses de uma "violação flagrante do direito internacional".
O movimento islamista palestino Hamas denunciou, por sua vez, o que classificou de "evolução perigosa", enquanto o Hezbollah libanês afirmou que os ataques são "mais uma prova da brutalidade de Israel".
"Dois alvos militares israelenses na região de Jaffa [ao sul de Tel Aviv] foram alvo de dois mísseis balísticos hipersônicos de tipo Palestina 2" e "foram alcançados com precisão", declarou o porta-voz huthi Yahya al Saree, citado pela mídia rebelde.
Desde o início da guerra desatada em 7 de outubro de 2023 pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense, os huthis lançaram diversos ataques contra Israel, alegando agir em solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza.
Segundo o Exército israelense, os ataques foram direcionados contra "portos, bem como a infraestrutura energética" da capital, Saná, que os huthis utilizam para apoiar suas operações militares.
A maioria dos ataques dos huthis contra Israel foi repelida ou causou apenas danos materiais. Em julho, porém, um civil morreu em Tel Aviv pela explosão de um drone lançado do Iêmen, o que provocou um ataque aéreo de represália contra a cidade de Hodeida, que deixou seis mortos e danos consideráveis.
Os huthis, que controlam várias partes do Iêmen, incluída a capital, Saná, também atacam regularmente barcos no Mar Vermelho e no Golfo de Áden vinculados, segundo eles, a Israel, Estados Unidos ou Reino Unido.
* AFP