O primeiro-ministro da China, Li Qiang, advertiu nesta segunda-feira (9) que a "desglobalização" submete a economia mundial a uma tensão crescente, ao receber em Pequim os dirigentes de várias instituições financeiras multilaterais.
"No contexto do fraco crescimento econômico mundial atual, a incerteza (...) aumentou, causando uma grande interferência na operação da economia mundial", declarou Li durante a reunião de organismos multilaterais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Ele acrescentou que "a quantidade de novas medidas discriminatórias no comércio e nos investimentos aumenta a cada ano no mundo" desde 2020.
"É possível dizer que a tendência da desglobalização está cada vez pior", afirmou Li, ao abrir em Pequim a reunião "Diálogo 1+10".
O encontro tem a participação dos dirigentes das 10 principais organizações econômicas internacionais, entre elas o Novo Banco de Desenvolvimento, presidido pela brasileira Dilma Rousseff.
Também participam os principais executivos do Banco Mundial, do FMI, da Organização Mundial do Comércio (OMC), da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), do Banco de Pagamentos Internacionais, do Conselho de Estabilidade Financeira e do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura.
* AFP