O governo mexicano suspendeu a fabricante de uma solução nutricional supostamente contaminada com uma bactéria e que teria causado as mortes de pelo menos 13 menores em hospitais do centro do país, informou, nesta sexta-feira (6), a presidente Claudia Sheinbaum.
O surto ocorreu em centros médicos do estado do México, onde, no final de novembro, foi detectada a bactéria Klebsiella oxytoca, possivelmente vinculada a uma fórmula administrada por via intravenosa, de acordo com a Secretaria de Saúde.
Em sua maioria, os mortos eram recém-nascidos prematuros, indicou Sheinbaum, que lamentou os acontecimentos em sua habitual coletiva de imprensa matinal. "É muito triste que isto tenha ocorrido", afirmou.
Autoridades sanitárias informaram na quinta-feira que os menores mortos tinham "comorbidades".
A Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) "suspendeu, por ora, a empresa" que fabrica a solução, afirmou a mandatária, reiterando que está sendo investigado se a bactéria estava presente nos soro.
A Secretaria de Saúde assegurou na quinta-feira que "não são descartadas" outras hipóteses sobre a origem do surto, que afetou outras sete crianças, que permanecem sob observação médica. A entidade mencionou até a possibilidade de que a bactéria estivesse nos insumos usados para aplicar a solução.
De acordo com as autoridades, o surto ocorreu em três hospitais públicos e em uma clínica privada.
"A situação está controlada no estado do México (...), não foram registrados outros casos nestas quatro unidades, nem em nenhuma outra unidade médica do estado", disse nas redes sociais a secretária de Saúde local, Macarena Montoya.
A medida contra a empresa Produtos Hospitalários S.A. inclui a suspensão do registro sanitário do alimento supostamente contaminado, cujo uso já havia sido cancelado na última quarta-feira.
Montoya explicou que a bactéria se aloja no trato digestivo de pessoas e animais, e ataca especialmente "organismos imunodeprimidos", como foi o caso dos bebês, que estavam em unidades de "cuidados intensivos neonatais".
* AFP