Os Estados bálticos, os países nórdicos e a Polônia estão dispostos a estender as sanções contra a Rússia e contra aqueles que apoiam a invasão da Ucrânia, disseram esses países nesta quarta-feira (27) em uma cúpula na Suécia.
"Junto com nossos aliados, estamos empenhados em fortalecer nossa dissuasão e defesa [...] e expandir as sanções contra a Rússia, bem como contra aqueles que permitem a agressão da Rússia, ameaçando, assim, nossa segurança comum", disseram em uma declaração conjunta Dinamarca, Estônia, Finlândia, Letônia, Noruega, Polônia e Suécia.
A Lituânia não participou desta cúpula, pois seu governo está em processo de formação.
"As sanções ocidentais estão funcionando, apesar da propaganda russa; a economia russa afunda em um desequilíbrio entre o aumento do gasto militar e o restante de sua economia em dificuldades", afirmou o primeiro-ministro sueco em uma coletiva de imprensa em Harpsund, Suécia.
Os sete países, vizinhos ou próximos da Rússia e membros da Otan, se comprometem, ainda, a "reforçar (seu) apoio" à Ucrânia, "em particular à indústria de defesa ucraniana, e investir para proporcionar mais munições à Ucrânia".
Eles lembram que são os maiores contribuintes de ajuda militar per capita para a Ucrânia.
"A Europa deve assumir uma maior responsabilidade por sua própria segurança", declarou, em um comunicado em separado, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, em um momento em que os países europeus estão preocupados com a promessa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de pôr fim à guerra na Ucrânia em 24 horas.
Vários dos países signatários acusam regularmente a Rússia de realizar "ataques híbridos" contra seus territórios, sendo o episódio mais recente o rompimento de dois cabos submarinos no mar Báltico.
A Suécia abriu uma investigação por sabotagem e está examinando o possível papel de um navio chinês no incidente.
* AFP